Como fazemos:

O bambú com que trabalhamos é da espécie "moosso". Segundo relatos da época, as mudas desta espécie foram trazidas ao Brasil pelos primeiros imigrantes japoneses mantidas dentro de nabos para se manterem preservadas.
O corte é feito manualmente, na lua minguante, com serra apropriada, para não danificar o bambú.
Depois  ele é cortado em partes para serem tratados ( imersos em água fervente com soda cáustica) para eliminar o amido presente em sua seiva, para evitar uma praga denominada caruncho. Então é lavado e estocado para secar, processo que varia de 4 a 6 meses, dependendo da época do ano. Só então ele é trabalhado.
Dos galhos são feitas as bases de apoio, e dos troncos o corpo e asas das libélulas.
                                                    
O corte é feito então na serra de fita, calculando-se os ângulos corretos para que as bases também apresentem sua estética e equilíbrio.
O corpo da libélula, inicialmente é esculpido à mão, com faca especial, feita também pelo artista, e depois lixado, para ter um bom acabamento. As asas são feitas uma a uma da mesma forma.



No corpo o "bico" e a "calda" são curvados aquecendo-se o bambú. O mesmo é feito para curvar os galhos da bases.Então as asas são colocadas, posicionadas para dar equilíbrio e fixadas, processo que exige paciência oriental, e,finalmente, são pintadas finalizando todo o processo.